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Canto da Palavra

Pra ensinar meus camaradas

Mesa 1

4 de maio de 2023

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22:00

Convidados(as): Maria Valéria Rezende, Bel Santos Mayer e Tiganá Santana

Como a leitura literária nos ensina a ler o mundo e como o mundo pode ser acolhido pelos livros e por outros suportes artísticos: a conversa da escritora e educadora popular, Maria Valéria Rezende, com a educadora social, Bel Santos Mayer, e o multiartista, professor e pesquisador Tiganá Santana celebra o encontro das artes e das narrativas que nos fazem sonhar com um mundo mais igualitário.

Mediação: Rosinês Duarte

Bel Santos Mayer

Educadora social

Bel Santos Mayer é educadora social, coordenadora do Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário – IBEAC, co-gestora da Rede de Bibliotecas Comunitárias LiteraSampa. Mestra em Turismo (EACH/USP), Licenciada em Ciências/Matemática e Bacharel em Turismo (UAM), tem especialização em Pedagogia Social. Curadora da 11ª Edição do Prêmio São Paulo de Literatura, do Conselho Curador do 63° e 64° Prêmio Jabuti e do Conselho Curatorial do Theatro Municipal de São Paulo. Prêmios recebidos: Retratos da Leitura no Brasil-2018; Estado de São Paulo para as Artes-2019; 67° Prêmio APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes na categoria “Difusão de Literatura Brasileira”; Prêmio Pessoa Inspiradora 2021 - APF - Associação Paulista de Fundações.

Tiganá Santana

Artista

Nascido a 29 de dezembro de 1982, na cidade de Salvador (Bahia), o compositor, cantor, instrumentista, poeta, produtor musical, diretor artístico, curador, pesquisador, professor e tradutor Tiganá Santana . Seu primeiro álbum aludido apresenta-se por nome “Maçalê” (“você é um com a sua essência”, em yoruba arcaico), lançado entre o final do ano de 2009 e o início do ano de 2010. Em 2008, tendo sido contemplado pelo Edital de Apoio a Conteúdo Digital de Música, promovido pela Fundação Cultural do Estado da Bahia, pôde lançar o referido primeiro álbum.Em 2013, lançou o segundo registro fonográfico, “The Invention of Color”, que teve, no seu projeto gráfico, aquarelas e desenhos originais concebidos pelo artista-curador Emanoel Araújo. Tal álbum contou com um prêmio concedido pelo Departamento de Cultura da Suécia, país em que foi gravado, que propiciou a realização de todo o seu projeto artístico-musical. Ainda nesse ano, foi contemplado por uma bolsa da UNESCO-Aschberg (Programa de bolsas para artistas e profissionais de cultura), por meio da qual esteve em Residência Artística no Senegal (precisamente, no Espace Sobo Bade, situado na cidade de Toubab Dialaw).Após 5 meses, ao final da Residência, tendo sido também contemplado pelo Edital Petrobras Cultural, gravou, em conjunto com músicos da África do Oeste (Senegal, Guiné-Conacri e Mali), o álbum duplo que viria a chamar-se “Tempo & Magma”, lançado em 2015, Após o lançamento dos seus três primeiros álbuns, Tiganá Santana foi eleito um dos dez músicos fundamentais da música atual brasileira pela conceituada revista inglesa especializada em música, Songlines.Dirigiu a produção artístico-musical de outros projetos, como no caso dos dois últimos álbuns da cantora brasileira Virgínia Rodrigues (o penúltimo destes, “Mama Kalunga”, de 2015, rendeu-lhe o prêmio de melhor cantora no Prêmio da Música Brasileira em 2016).No ano de 2020, lançam-se os álbuns “Vida-Código” — agraciado pelo Edital de Publicação Musical do Departamento de Cultura da Suécia — e “Milagres”, feito sob solicitação de uma gravadora alemã, a Martin Hossbach, para revisitar, hodiernamente, o emblemático álbum “Milagre dos Peixes”, do intérprete e compositor Milton Nascimento. Tiganá concebeu e dirigiu, artisticamente, sob o título “Cada voz é uma mulher” o mais recente disco de Virginia Rodrigues. O artista também dirigiu, artisticamente, um espetáculo musical a Dorival Caymmi que homenageou Dorival Caymmi.

Rosinês Duarte

Professora

Rosinês Duarte

Professora de Filologia do Instituto de Letras – UFBA. Mãe de Davi e Eva. Possui doutorado em Letras pela Universidade Federal da Bahia/Universidad Compluetense de Madrid. Atualmente é professora orientadora do Programa Residência Pedagógica – Letras [CAPES]. É coordenadora do Grupo de Pesquisa FILEN (Filologia das Letras Negras), atuando em temas como: processo de produção, transmissão e circulação de textos de mulheres negras; filologia e ensino, escrita negrofeminina e formação de público leitor.

Maria Valéria Rezende

Escritora, freira e feminista

Maria Valéria Rezende nasceu em 1942, em Santos, SP, onde viveu até os 18 anos. Formada e Língua e Literatura Francesa, Pedagogia e mestre em Sociologia. Dedicou-se desde os anos 1960 à Educação Popular, em diferentes regiões do Brasil e no exterior, passando a trabalho por todos os continentes. Vive na Paraíba desde 1976. Às vésperas dos 60 anos, em 2001, começou a publicar literatura com a primeira versão do livro “Vasto Mundo” (Ed. Beca), reeditado em nova versão (2015, Alfaguara) traduzida e publicada na França em 2017 (Ed Anacaona). Desde 2004 participa do Clube do Conto da Paraíba que a estimulou a continuar a escrever ficção. Seu romance “O voo da guará vermelha” (Objetiva, 2005) foi publicado em Portugal, França e duas edições em Espanha (espanhol e catalão). Ganhou um Jabuti em 2009, categoria infantil, com “No risco do caracol” (Autêntica, 2008) e em 2013, categoria juvenil, com o romance “Ouro dentro da cabeça” (Autêntica 2012). Escreve ficção, poesia e é também tradutora. Ganhou o Jabuti de melhor romance e livro do ano de ficção com "Quarenta dias" (Alfaguara, 2014). Seu romance “Outros Cantos”, ganhou o Prêmio Casa de Las Américas, Cuba, 2017. Acabou de lançar um novo romance intitulado “Carta à Rainha Louca” (Alfaguara, 2019). Participa do Movimento Mulherio das Letras.

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